21/03/2012

ABC de Roma: A comida




Como vocês bem sabem esta semana estamos fechando o assunto "Roma". Como o nosso espaço aqui é um pouco mais dinâmico, trataremos nele de alguns assuntos da chamada "vida material" dos romanos.Vimos em aula, as estruturas políticas, econômicas e sociais da vida romana em todas as fases de sua História.Aqui trataremos agora dos costumes, ideias e do próprio entendimento que um romano teria da vida.Falaremos então de alguns pontos interessantes e que espero continuem a despertar o seu interesse como aluno(a). Pois bem, falemos então sobre o que comia um romano...



No ínicio a dieta dos romanos era constituida dos cereais que plantavam.A medida que as conquistas se sucedem, outros alimentos foram incorporados a alimentação dos romanos. A alimentação deles consistia de pão, leguminosas, queijos, figos, tâmaras, azeitonas, carne e nozes.
No café da manhã, quando havia, eles comiam pão e mel com queijo ou fruta. No almoço se alimentavam somente de pão e queijo. A principal refeição acontecia no final da tarde ou início da noite, e podia durar até cinco horas se havia convidados.
Os ricos bebiam vinho em todas as refeições, muitas vezes adoçado com mel. Os pobres bebiam vinagre e água. Os pratos dos banquetes podiam ser exóticos e incluíam ratazanas recheadas, flamingos e sabiás. Os romanos adoravam condimentar suas comidas com pimenta, temperos, mel e principalmente com um molho de peixe exótico chamado garum. 
Os romanos dividiam as refeições do dia em 3, eram elas:

Jentaculum

 

 

Os Romanos realizavam a primeira refeição do dia (o jentaculum) pouco tempo depois de se levantarem. Esta refeição era composta por pão, queijo, ovos e leite. O pão poderia ser embebido em vinho aquecido ou então regado com azeite e esfregado em alho. Quanto ao leite, o mais consumido era o de cabra ou de ovelha.
Durante a era do Império e por influência de alguns médicos, propagou-se o hábito de apenas tomar água de manhã.

Prandium

 

 

Por volta do meio-dia tomava-se, geralmente em pé (sine mesa), o prandium. Poderia incluir restos da comida do dia anterior, carnes frias, frutas e queijo. Como bebida poderia tomar-se o mulsum (uma mistura de vinho com mel).

Cena

 

A cena era a principal refeição do dia e iniciava-se à décima hora, o que corresponde às quatro horas da tarde (os Romanos contavam as horas a partir do nascimento do sol), prolongando-se até de noite.
A cena dividia-se em três partes: gustatio (ou gustus ou promulsio), prima mensa e secunda mensa. O gustatio era composto por uma série de aperitivos: comiam-se cogumelos, saladas, rábanos, couve, ovos e ostras. Para beber, tomava-se o mulsum (daí esta parte da cena ser também chamada promulsio), que servia para abrir o apetite e ao qual se atribuía a capacidade de prolongar a vida.
A prima mensa era composta por vegetais e carnes e a secunda mensa consistia na sobremesa, na qual se serviam frutas ou bolos.


Vale dizer ainda a respeito dos hábitos alimentares romanos, além da incorporação de novas culinárias é importante entender duas coisas: a separação na alimentação entre os ricos e pobres e em segundo lugar a culinária diferente para cada região conquistada.

Puls romano


A comida para os mais pobres e os soldados legionários foi desde o ínicio e boa parte do império sempre o "Puls", um mingau feito a partir da mistura de trigo ou a espelta, que era torrados, moídos e cozidos, primeiro em água e depois em leite. Existiam algumas variantes da puls: a puls fabata (feita como favas) e a puls punica (que continha queijo, mel e uma gema de ovo). A plebe só conseguiu começar a consumir carne regularmente a partir de Aureliano (século III) quando a sua entrega passou a ser grátis.Todavia era carne de burro, pois a carne de boi era reservada para a mesa dos ricos. Ainda havia um prato para os dias de casamento que era tradição mesmo entre a plebe: o chamado "moretum", cujos principais ingredientes eram queijo de ovelha, alho e cebola.


Cabe ainda a respeito da plebe, falar de um componente importante de sua alimentação, e que foi até objeto de política e estratégia para manter o povo satisfeito: o pão.



O pão romano, inicialmente feito em casa pelas mulheres, passou a ser fabricado em padarias públicas. Segundo o filósofo romano Plínio, o Antigo, isto teria acontecido depois da conquista da Macedónia, em 168 a.C.
Foi com os gregos que os romanos aprenderam a arte de fazer pão, já que em Roma, durante todo o império, os padeiros geralmente eram gregos. Gostaram tanto do oficio que no ano 100 a.C. havia 258 padeiros em Roma. Os romanos passaram então a utilizar as técnicas que aprenderam, e difundiram por toda a Europa.Com o tempo,  melhoraram o processo de moagem, e como resultado disso foram os primeiros a produzir pão branco. Anteriormente, faziam-se pães escuros, de grãos integrais. Por volta de 100 a.C. Roma possuía mais de 200 padarias comerciais. Uma escola para padeiros foi criada pelos romanos no século I. A grande expansão do pão em Roma causou o nascimento da primeira associação oficial de panificadores. Os seus membros gozavam de um estatuto muito privilegiado. Eles eram livres de alguns deveres sociais e isentos de muitos impostos. A panificação tornou-se tão prestigiada durante o Império Romano, que era considerada ao nível de outras artes, como escultura, arquitectura ou literatura. À semelhança dos egípcios e dos gregos, também os romanos ofereciam pão aos seus deuses e mortos. Comum, ainda, com os egípcios, era a distribuição de pães aos soldados, como complemento do soldo(salário). As legiões romanas levaram o pão para a Península Ibérica, apesar de várias referências afirmarem que o processo de panificação já lá era conhecido, especialmente a fermentação, pois eles usavam a espuma da cerveja como fermento, o que produzia um pão mais leve e esponjoso do que o dos romanos, que ainda usavam o resto de massa velha para a fermentação.


Bom como fizemos uma separação por condição econômica falta agora falar a respeito dos costumes alimentares dos ricos. Não havia muitos romanos ricos, se pensarmos a proporção de plebeus. Mas os que eram ricos, eram MUITO ricos ! Uma das formas de demonstrar isto, era justamente o número de escravos que se tinha e os banquetes que podia promover. Eles tentavam sempre cozinhar e oferecer novos pratos aos seus convidados. De fato, mais do que o sabor o importante era o quanto a comida era cara e dificil ou uma novidade. Um prato curioso por exemplo era o que envolvia uma série de linguas de animais exóticos das conquistas na África. Outro prato "diferente" envolvia a complicada sequência de rechear uma galinha, dentro de um pato, o pato dentro de um ganso e por sua vez o ganso dentro de um porco e o porco dentro de uma vaca e cozinha-los todos juntos. As vezes ricos romanos, mandavam seus escravos até as montanhas proximas a Roma para apanhar neve para alguns pratos e sobremesas.
Ricos romanos gastavam também muito dinheiro com temperos exóticos. Canela, pimentas e tudo o mais que encontrassem na India. Nós conseguimos saber a respeito destes pratos exóticos atraves de um livro de autoria de um homem chamado Marcus Gavius Apicius, que teve seu livro de receitas traduzido pelo pesquisador Robert Maier. Que tal conhecê-las ? Pois bem vamos então !

Marcus Gavius Apicius


Primeiro tenho que apresentar-lhe alguns ingredientes nativos romanos, tais como:

- Caroenum: xarope de uva (o vinho novo ou suco de uva fervido até que fique concentrado).

- Defritum: ou xarope de figo de espessura, ou de mosto que é fervido até que você tenha apenas um terço do montante com o qual você começou.

- Liebstoeckl ou 'levisticum officinale'. É uma planta (umbelliferous) com flores amareladas. Suas raízes secas são utilizadas como tempero. Parece ser uma espécie de aipo.

- Liquamen ou garum: um molho de peixe salgado. A maior parte do tempo você pode substituí-lo pelo sal.Falaremos um pouco mais a respeito dele.Aguarde...

- Passum: molho de vinho muito doce, feita pela fervura do mosto (vinho novo ou suco de uva) para engrossar. As vezes substituido por mel

- Poleiminze: Uma espécie de hortelã que está crescendo em áreas inundadas.

- Saturei ou 'satureia hortensis'. É um tipo violeta ou branco florido de plantas labiate que cresce principalmente no sul da Europa. É utilizado como uma planta tempero, especialmente para os pratos de feijão.

- Silphium: Seus outros nomes são 'laser' ou 'férula foetida asa ". Eu notei que ele também é chamado de 'hing' na culinária indiana. É um substituto a cebola eo alho e deve ser usado com moderação e não devido ao seu sabor muito forte e cheiro.


E agora vamos às refeições do Menu romano. Infelizmente, as temperaturas de cozimento exatas e horários ainda não foram proferidas em todos os casos. Você tem que confiar em sua intuição se tentar reproduzir alguma receita...

ISICIA OMENTATA (uma espécie de Hamburguer romano)

ingredientes:
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Carne picada 500g
1 pão francês, embebida em vinho branco
1/2 colher de pimenta moída na hora
50ml Liquamen (pode ser substituído por 1/2 colher de chá de sal + uma pouco de vinho branco)
alguns  grãos de pimenta verde
um pouco Caroenum
folha de panificação

instruções:
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Misture a carne picada com o pão embebido em vinho. Junte e triture as especiarias (temperos) e misture com a carne. Formar pequenos hambúrgueres e coloque os  grãos de pimenta em cada um deles. Coloque-as em folha de cozimento e grelhe-os juntamente com Caroenum.

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PEPONES ET MELONES (Melões e água com mel)


ingredientes:
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1/2 melão descascado, em cubos
1/2 melancia em cubos
500ml de Passum  ou um pouco de mel
Salsa picada
1/2 colher de chá pimenta
um pouco de Liquamen, ou uma pitada de sal
Poleiminze, Silphium, vinagre, se quiser

instruções:
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Cozinhe melões em cubos em uma panela juntamente com especiarias e ervas.
Às vezes Silphium é adicionado.

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PATINA DE PISCICULIS (Souflê de pequenos peixes)


ingredientes:
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Filé de peixe cozido ou 500g de pequenos peixes inteiros ou sardinhas
150g de uvas passas
1/2 colher de pimenta moída na hora
1 Liebstoeckl
1 orégano
2 cebolas em cubos pequenos
200ml de óleo
50ml Liquamen, ou 1/2 colher de chá de sal
Amido de milho

instruções:
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Misturar passas, pimenta, Liebstoeckl, orégano, cebola, vinho Liquamen e óleo juntos e colocar em uma caçarola. Cozinhe. Em seguida, coloque os filés de peixe cozidos . Engrosse com um pouco deamido de milho e sirva.

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PATINA DE PIRIS (Souflê de Pêras)


ingredientes:
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1kg pêras (descascadas e sem as sementes)
6 ovos
mel
100ml Passum
óleo (um pouco)
50ml Liquamen, ou de sal (colher de chá)
1/2 colher de chá de cominho em pó
pimenta do reino a gosto

instruções:
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Junte peras cozidas e descascadas (sem núcleo), juntamente com pimenta, cominho,mel, Passum, Liquamen e um pouco de óleo. Adicione os ovos e coloque em uma caçarola. Cozinhe cerca de 30 minutos com calor moderado.

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MINUTAL MARINUM (Fricasse de Frutos do Mar)


ingredientes:
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500g de filé de peixe (salmão, por exemplo)
250ml de vinho branco
Caldo de carne 500ml
3 ramos alho-poró
100ml de óleo
Liquamen ou  sal, coentro, pimenta, Liebstoeckl, orégano a gosto
um pouco de amido ou farinha para engrossar o molho

instruções:
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Coloque o peixe em uma panela, adicione Liquamen, vinho, azeite e caldo. Pique alho-poró  e coentro. Corte os filetes.
Cozinhe cerca de 30 minutos em calor moderado. Adicione coentro, orégano e Liebstoeckl.
Ferva novamente. Em seguida, o molho engrosse com o amido, polvilhe com pimenta.

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GUSTUM DE PRAECOQUIS (Sabor de damascos - sobremesa)


ingredientes:
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1kg de damascos maduros firmes e  nectarinas
200ml de vinho branco
250ml Passum (ou vinho)
hortelã e pimenta (porção de uma xícara)
pimenta, Liquamen ou sal, amido de milho, um pouco de vinagre e mel
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Damascos cortados junto com as nectarinas. Coloque-os com um pouco de água fria em uma panela. Junte Pimenta e hortelã seca (que é onde o saco de Liquamen, mel, Passum e vinagre. Despeje na panela com um pouco de óleo. Cozinhe cerca de 20 minutos em calor moderado.
Depois de cozido adicione um pouco de amido de milho para engrossar o molho, polvilhe com pimenta e sirva.

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ABACIAE VIRIDES ET BAIANAE (Feijões verdes)


ingredientes:
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500g de vagem, soja ou feijão verde
50ml Liquamen, ou 1/2 colher de chá de sal com 50ml de vinho
óleo
folhas de coentro picadas
1 colher de chá de cominho (sementes)
1/2 ramo de alho-poró picado

instruções:
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Cozinhe o feijão com Liquamen, óleo de alho-poró e especiarias. Sirva.

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Pullum FRONTONIANUM (Galinha ao modo Fronto)


ingredientes:
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1 frango fresco (aprox. 1-​​1,5 kg)
100ml de óleo
200ml Liquamen, ou vinho de 200ml + 2 colheres de chá de sal
1 ramo de alho-poró
coentro, pimenta a gosto
um pouco de Defritum e Saturei

instruções:
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Comece a fritar frango e tempere com uma mistura de Liquamen e óleo,
juntamente com alho-porro, Saturei e coentro fresco. Então leve tudo ao forno por aproximadamente 1 hora com a temperatura de 220 ° C no forno. Quando o frango estiver pronto, umedeça um prato com Defritum, coloque frango sobre ele, polvilhe pimenta, e sirva.

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Pullus FUSILIS (frango com recheio líquido)


ingredientes:
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1 frango fresco (aprox. 1-​​1,5 kg)
300g de carne picada (metade deve ser carne de porco)
Mingau de aveia (100g)
2 ovos
250ml de vinho branco
óleo
1 Liebstoeckl
1/4 colher de chá de gengibre em pó
1/4 colher de chá de pimenta
1 colher de chá de pimenta verde
Liquamen ou sal a gosto

instruções:
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Pimenta, Liebstoeckl, carne, gengibre picado e cereais  devem ser cozidos. Adicionar ovos e misture até obter uma massa lisa. Tempere com Liquamen, acrescente o óleo,grãos de pimenta inteiros . Recheie a galinha com esta massa.Cozinhe cerca de 1 hora com temperatura de 220 ° C no forno.

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DULCIA DOMESTICA (sobremesa caseira)


ingredientes:
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200g de tâmaras frescas ou secas
50g de nozes moídas grosseiramente
uma pitada de sal
vinho, mel

instruções:
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Junte todos os ingredientes.Cozinhe em fogo baixo por 5 a 10 minutos. 

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ALITER DULCIA (outro tipo de sobremesa)


ingredientes:
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250g de nozes moídas grosseiramente
Mel
100g de pinhões descascados
50ml Passum
50ml de leite
2 ovos
mel (para decorrar o prato)
pimenta

instruções:
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Junte todos os ingredientes, ferva por 5 minutos. Sirva coberto com mel e polvilhe com pimenta.

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TIROPATINAM (uma espécie de Souflê)

ingredientes:
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500ml de leite
6 ovos
mel
um pouco de pimenta moída

instruções:
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Adoçar o leite com mel, acrescente os ovos e misture até ficar homogêneo. Cozinhar em fogo baixo até ficarem firmes, polvilhe pimenta e sirva.


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 OVA SFONGIA EX LACTE (Panquecas com Leite)

ingredientes:
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8 ovos
600ml de leite
100ml de óleo
um pouco de mel
um pouco de pimenta moída

instruções:
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Misture os ovos, leite e óleo até obter uma massa de panqueca. Frite em uma panela e serva coberto com mel e um pouco de pimenta.

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IN OVIS APALIS (ovos cozidos)


ingredientes:
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8 ovos cozidos (não muito bem cozidos - ferver 4 minutos).
50g de pinhão descascados
mel, pimenta, vinagre, Liebstoeckl, Liquamen (ou sal) a gosto

instruções:
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Misture a pimenta, Liebstoeckl, pinhão. Adicione o mel e vinagre e tempere com Liquamen. Sirva em conjunto com os ovos já cozidos.

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 VITELLINA FRICTA (Vitela Frita)


ingredientes:
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800g - 1 kg de vitela
300g uvas passas
mel
vinagre
200ml de vinho
100ml de óleo(azeite)
100ml Defritum
100ml Liquamen (ou sal)
pimenta, sementes de aipo, Liebstoeckl, cominho, orégano, cebola seca a gosto

instruções:
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Frite a Vitela em azeite até ficar bem passada. Misture as uvas passas , vinho, vinagre,mel, óleo, Liquamen e especiarias juntos em uma panela extra,para fazer o molho.Deixe ferver o molho. Despeje sobre a vitela, em seguida, deixar a carne por 10 minutos no molho.Cozinhe em fogo baixo. Sirva.

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IN VITULINAM ELIXAM (Cozido de Vitela)

ingredientes:
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800g - 1 kg de vitela
pimenta, Liebstoeckl, cominho, sementes de aipo a gosto
Mel
vinagre
100ml de óleo (azeite)
100ml Liquamen (ou 100ml de vinho branco + 1 colher de chá de sal)
um pouco de amido de milho

instruções:
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Cozinhe a carne de vitela por cerca de 1 1/2 hora até que bem cozida. Misture o mel,vinagre, óleo, liquamen e temperos em uma panela extra. Ferva o molho apenas um pouco e engrosse com amido de milho. Em seguida, despeje o molho sobre a carne de vitela e deixe ferver em fogo baixo por mais 10 minutos. Sirva.

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ALITER BAEDINAM SIVE AGNINAM EXCALDATAM (Cozido de Costelas de Cordeiro)


ingredientes:
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10 costeletas de cordeiro
1 l vinho branco
100ml de óleo
2 cebolas grandes, cortadas em cubos
2 coentro moído
1 colher de chá de pimenta
Liebstoeckl
1 colher de chá de cominho em pó
200ml Liquamen (ou 2 colheres de chá de sal)

instruções:
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Coloque costeletas em pote, juntamente com a cebola picada e especiarias. Adicionar Liquamen,azeite e vinho. Cozinhe 45-60 minutos. Despeje o molho em uma panela e engrossar com o amido. Sirva as costeletas juntamente com o molho.

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 IN MITULIS (Mexilhões)



ingredientes:
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1kg mexilhões frescos 
100ml Liquamen
1 ramo de alho-poró, finamente picada
1 colher de chá de cominho
200ml Passum
1 picata de Saturei
500ml de vinho branco
500ml de água

instruções:
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Primeiro pegue os mexilhões e com água é preciso limpá-los. 
Misture o vinho, Liquamen,Passum, água e especiarias. Ferver o caldo durante cerca de 20 minutos, em seguida, adicionar mexilhões. Ferver mais 10 minutos. Sirva.

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SARDA ITA FIT (Atum)

ingredientes:
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500g de filé de atum cozido
1/2 colher de chá pimenta
1/2 colher Liebstoeckl
1/2 colher de chá de tomilho
1/2 colher de chá de orégano
150g de damascos (sem sementes)
mel
4 ovos cozidos
50ml de vinho branco
50ml Defritum
azeite de oliva

instruções:
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Cozinhe filé de atum.Misture filé, juntamente com os damascos, mel, vinho, vinagre,Defritum e azeite. Coloque tudo em uma tigela e decore com os ovos.
Sirva.

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 SCILLAS (camarões grandes)



ingredientes:
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500g de camarões  grandes cozidos
1 colher de chá de pimenta verde
1 Liebstoeckl
1/2 colher de chá de  sementes de aipo moídas
vinagre
100ml Liquamen (ou 1/2 colher de chá de sal)
4-5 gemas de ovo cozido cortadas

instruções:
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Cozinhe os camarões. Em seguida,adicione a pimenta, as sementes de aipo e Liebstoeckl. Derrame por cima o Liquamen, vinagre, e gemas de ovos  e misture bem. Sirva

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MUSTACEI (Rolinhos de queijo)



ingredientes:
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Farinha de trigo 500g
300ml de suco de uva (ou vinho jovem)
sementes de anis
sementes de cominho
100g de banha
50g de queijo ralado (queijo de ovelha seria melhor)
20 folhas de louro

instruções:
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Despeje um pouco do suco  sobre a farinha, adicione sementes de anis e do cominho, a banha e queijo. Trabalhar juntos até que você tenha uma massa lisa. Forme rolos, em seguida, colocar uma folha de louro em cada um deles.

Cozinhe os rolos de 30-35 minutos a 180 ° C.

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Acredito que vocês puderam perceber a brutal diferença entre a mesa de um plebeu e de um patrício. Outra coisa que acredito que você deva ter percebido é como um ingrediente se repete na maioria das receitas de pratos salgados... o "Liquamen" também chamado de  "Garum".


 Fábrica de Garum (conserva)

O garum era um condimento composto por sangue, vísceras e de outras partes selecionadas do atum ou da cavala misturadas com peixes pequenos, crustáceos e moluscos esmagados; tudo isto era deixado em salmoura e ao sol durante cerca de dois meses ou então aquecido artificialmente.
Este produto era exportado para várias partes do Mediterrâneo. Há notícias de exportação de garum para Atenas, no século V a.C.
A existência de numerosas fábricas detectados no litoral mediterrânico da Península Ibérica, provam um nítido crescimento desta indústria conserveira.
O garum lusitano (produzido na região em que hoje se encontra Portugal) chegava a todos os pontos do Império romano, sendo produzido, sobretudo, nos estuários dos rios Tejo e Sado, e no Algarve. A maior concentração de vestígios de unidades de fabricação de garum localiza-se no litoral algarvio. No Algarve produzia-se garum em dezenas de sítios.
Na foz do Sado, em Tróia, uma fábrica de garum estendia-se por cerca de 2 Km.
Na região atlântica cohecemos os restos descobertos em:
  • Alto de Martim Vaz (Póvoa de Varzim)
  • na praia de Angeiras (Matosinhos)
  • no estuário do rio Sado, em Creiro, Rasca, Comenda, Ponta da Areia, Moinho Novo e Tróia, um do mais importantes centros conserveiros da Espanha.
As ruínas destas fábricas (usinas) até agora achadas em território português são constituídos pelos tanques ou cetárias destinados à salga de peixe e à preparação de conservas.


Bom agora que falamos da comida em razão das diferenças sociais, vamos falar das diferenças em razão da cultura. O Império Romano atingiu vastas regiões e as dominou absorvendo uma série de costumes. Sendo assim nada mais normal do que pensar que,  a alimentação mudaria conforme mudaria a região conquistada. Vejamos então:



A Comida no Mediterrâneo




As pessoas pobres que viviam perto do Mar Mediterrâneo tiveram que comer a comida que iria crescer em áreas muito secas, com um tipo de solo não muito fértil. Principalmente comiam o que os arqueólogos chamam de "Triade do Mediterrâneo " ou três coisas: trigo e cevada (transformado em cerveja ou mingau de aveia ou pão sírio ou sopa), azeite (embebido no pão, ou de vegetais) e uvas (feita em vinho, vinagre ou passas para que pudessem manter). As pessoas também cultivavam um tipo de feijão verde e um monte de diferentes tipos de legumes e frutas.Alguns alimentos que foram especialmente comum foram maçãs e pêras, figos e ameixas (inclusive secas para fazer durar mais) e passas (feitas a partir das uvas), ervilhas , lentilhas, grão de bico e cebola, cenoura, alho e repolho,mel (que não tinha bem menos açúcar do que este que conhecemos hoje). Ainda cultivavam ervas como endro, tomilho, orégano, manjericão e hortelã,nozes, especialmente as nozes e castanhas e bolotas;pepinos (eles não têm tomates). Tinham ainda ovos (de galinhas, gansos e patos);iogurte e queijo, principalmente de caprinos e ovinos; carneiro (carne de ovelha), carne de bode e porco (presunto e bacon), peixe e, em especial o atum. Ah, e caracóis - pessoas tinham jardins especiais dedicados a criação de caracol especiais (comestiveis como os escargot é hoje na França).Um item que foi muito popular era um molho de peixe fermentado(que nos já vimos é o garum!): você pode encontrar algo parecido hoje na seção de alimentos tailandês da mercearia. Usaram-lo em tudo, a forma como muita gente usar ketchup hoje.


Povos Germânicos



A comida é uma das maneiras mais importantes que as pessoas podem mostrar o grupo a que pertencem: vamos comer esse tipo de alimento, e os nossos inimigos, as pessoas de lá, eles comem algum outro tipo estranho de alimentos que não iriamos tocar nem com uma vara bem longa...
Os alemães e os romanos sentiram exatamente dessa forma uns com os outros quando o assunto é alimento. Romanos beberam vinho com as refeições, e usavam o azeite para cozinhar. Mas os alemães beberam cerveja com as refeições, e usavam para cozinhar a manteiga). A principal razão para isso foi que o clima mais quente, mais seco no sul tornaram possível plantio de videiras (para vinho) e oliveiras , mas na Alemanha era mais fácil  cultivar cereais e havia abundância de pasto para o gado. Então, as pessoas bebiam cerveja, porque você faz cerveja de cevada, e comeram a manteiga, pois manteiga vem do leite de vaca.
Quando o Império domina a região alguns costumes foram mesmo estranhos entre si incorporados e nós temos até hoje pelo mundo a cerveja para provar que os Romanos mesmo não abandonando o vinho, continuaram a experimentar coisas novas pelo mundo...


Comida Egípcia



Porque o Egito era muito seco, e confiou boa parte de sua agricultura a um elo com o  rio Nilo, as pessoas no Egito acabaram só conhecendo certos tipos de alimentos. Principalmente  cultivavam trigo e cevada.
Os egípcios transformaram o trigo em pão, sopa e mingau, e também com a cevada fermentada fizeram a cerveja. Na verdade, algumas pessoas pensam que a verdadeira razão que o primeiro egípcios começaram a cultivar grãos foi para fazer cerveja.  




Na imagem acima nos temos um modelo egípcio de jarros de cerveja, que os egípcios faziam para colocar em seus túmulo  para que você tivessem cerveja no outro mundo.
Como já vimos com os germânicos, os romanos não eram grandes apreciadores da cerveja, mas acabaram usando muitas das técnicas de panificação egipcia.
Os egípcios também comiam carne. Você poderia ir a um açougue e comprar cordeiro lá, assim como as pessoas fazem hoje. Apenas porque raramente chove no Egito, eles poderiam ter a carne fora no pátio da loja, em vez de dentro.
Mas, como as outras pessoas do Mediterrâneo Oriental, como os judeus e os fenícios, os egípcios não comiam porcos (bacon, presunto ou salame), porque eles achavam que os porcos eram sujos e podiam transmitir doenças como a lepra. Eles comiam então, carne de carneiro, pato e ganso.
Para a sobremesa, os egípcios gostavam de comer damascos e figos.
Os arqueólogos também encontraram sementes que mostram que os egípcios conheciam e cultivavam melancias, e outros tipos de melão.


Ásia Ocidental






As pessoas da Ásia Ocidental tradicionalmente se dividiram em dois grupos que tinham hábitos muito diferentes comendo e bebendo, e que se viam como inimigos, embora eles também negociassem com o outro o tempo todo. Um grupo vivia nos vales e nas planícies, a terra plana, e eram agricultores. Eles viviam principalmente do trigo e cevada, transformado em pão achatado (como pão pita ou pizza) ou ainda como mingau. Eles também comiam lentilhas e grão de bico , com o qual eles também faziam o falafel e húmus.


 Húmus

Eles comiam também maçãs e figos. Esses povos também  bebiam cerveja, feita a partir  de seus grãos.
O outro grupo que vivia no alto das colinas, eram pastores criadores de cabras. Eles comiam muito queijo, iogurte e carne de carneiro assado, e bebiam o leite bebidas lácteas. Eles trocavam o queijo com o povo do vale por trigo e cevada.


Pois bem, agora que vimos diferenças entre classes sociais e culturas diversas cabe falar ainda de um produto muito consumido em Roma, já citado aqui: o vinho. 




O vinho


 

O vinho chegou no sul da Itália através dos Gregos a partir de 800 a.C. Os Etruscos, que viviam ao norte, na região da atual Toscana, elaboravam e comercializavam vinhos até na Gália.

Não se sabe, se eles trouxeram as videiras da sua terra de origem (provavelmente da Ásia Menor ou da Fenícia) ou se cultivaram uvas nativas da Itália, onde já havia videiras desde a Pré-História(veja postagens antigas no nosso blog para saber um pouco mais a respeito). Não é possível dizer quem as usou primeiro para elaborar vinhos.
A mais antiga ânfora de vinho encontrada na Itália é etrusca e data de 600 a.C. O ponto crítico da história do vinho em Roma foi a vitória na longa guerra com o Império de Cartago no norte da África para controlar o Mediterrâneo Ocidental entre 264 e 146 a.C. Após as vitórias sobre o general Anibal e, a seguir, sobre os Macedónios e os Sírios, houve mudanças importantes.
O primeiro a escrever sobre o tema foi o senador Catão na sua obra De Agri Cultura. No entanto, o mais famoso manual foi escrito por um cartaginês,chamado Mago, e traduzido para o latim e para o grego.
O manual de Mago estimulava a plantação comercial de vinhedos, a substituição de pequenas propriedades por outras maiores. Uma data importante no progresso de Roma foi 171 a.C., quando foi aberta a primeira padaria da cidade, pois até então os romanos comiam papas de cereais. Começava uma nova era e apareciam os vinhos de qualidade.
Na costa da Campania, mais exatamente na baía de Nápoles e na Península de Sorriento encontravam-se os melhores vinhedos romanos. Dessa época é o "Opimiano" (em homenagem ao cônsul Opimius) colheita de 121 a.C. do vinhedo Falernum que foi consumido, conforme registros históricos até 125 anos depois. Ainda assim, os vinhos gregos ainda eram considerados pelos romanos os melhores.
No império de Augusto (276 a.C. - 14 d.C.) a indústria de vinhos romana estava estabelecida em toda a extensão da Itália e já se exportava vinhos para a Grécia, Macedónia e Dalmácia.
Todos os melhores vinhos vinham da região entre Roma e Pompéia, mas a região da costa adriática era também importante, em especial pelas exportações. Pompéia ocupava uma posição de destaque, podendo ser considerada a Bordeaux (região da França onde se produz os melhores e mais caros vinhos do mundo) do Império Romano, pois era a maior fornecedora de vinhos para Roma.
Após a destruição de Pompéia pela erupção do vulcão Vesúvio no ano 79 d.C., ocorreu uma corrida na plantação de vinhedos onde quer que fosse. Plantações de milho tornaram-se vinhedos, provocando um desequilíbrio do fornecimento a Roma, desvalorização das terras e do vinho.
No ano 92 d.C., o imperador Domiciano editou um decreto proibindo a plantação de novos vinhedos e de vinhedos pequenos e mandando destruir metade dos vinhedos nas províncias.
O decreto visava a proteção do vinho doméstico contra a competição do vinho das províncias e manter os preços para o produtor.
O decreto permaneceu em vigor até 280 d.C., quando o imperador Probus o revogou. Tudo que se queira saber sobre a vinicultura romana da época está no manual De Re Rustica , de aproximadamente 65 d.C, de autoria de um espanhol de Gades (hoje Cádiz): Lucius Columella.
O manual chega a detalhes como: a produção por área plantada (que, surpreendentemente, é a mesma dos melhores vinhedos da França de hoje), a técnica de plantio em estacas com distância de dois passos entre elas (mais ou menos a mesma técnica usada hoje em vários vinhedos europeus), tipo de terreno, drenagem, colheita, prensagem, fermentação, etc Quanto ao paladar, os romanos tinham predileção pelo vinho doce, daí fazerem a colheita o mais tardiamente possível, ou, conforme a técnica grega, colher o fruto um pouco imaturo e deixá-lo no sol para secar e concentrar o açúcar (vinhos chamados "Passum").
Outro modo de obter um vinho mais forte e doce era ferver, aumentando a concentração de açúcar (originando o chamado "Defrutum") ou ainda adicionar mel (originava o "Mulsum"). Preparavam também o "semper mustum" (mosto permanente), um mosto cuja fermentação era interrompida por submersão da ânfora em água fria e, portanto, contendo mais açúcar.
Os romanos sempre tiveram predileção por temperos fortes na comida e também se excediam nas misturas com vinhos que eram fervidos em infusões ou macerações com ervas, especiarias, resinas e denominados "vinhos gregos" em virtude dos gregos raramente tomarem vinhos sem temperá-los.
Plínio, Columella e Apícius descrevem receitas bastante exóticas, este último em especial, conhecemos aqui nesta mesma postagem. Quanto a idade, alguns vinhos romanos se prestavam ao envelhecimento, os fortes e doces expostos ao ar livre e os mais fracos contidos em jarras enterrados no chão. Um recurso usado para envelhecer o vinho era o "fumarium", um quarto de defumaçào onde as ânforas com vinho eram colocadas em cima de uma lareira e o vinho defumado, tornando-se mais pálido, mais ácido e com cheiro de fumaça. Galeno (131-201 d.C.), o famoso grego médico dos gladiadores e, posteriormente médico particular do imperador Marco Aurelio, escreveu um tratado denominado "De antidotos" sobre o uso de preparações à base de vinho e ervas, usadas como antídotos de venenos. Nesse tratado existem considerações perfeitas sobre os vinhos, tanto italianos como gregos, bebidos em Roma nessa época: como deveriam ser analisados, guardados e envelhecidos A maneira de Galeno escolher o melhor era começar com vinhos de 20 anos, que se esperava serem amargos, e, então, provar as safras mais novas até chegar-se ao vinho mais velho sem amargor. Segundo Galeno, o vinho "Falerniano" era ainda nessa época o melhor (tão famoso que era falsificado com frequência) e o "Surrentino" o igualava em qualidade, embora mais duro e mais austero. A palavra "austero"é usada inúmeras vezes nas descrições de Galeno para a escolha dos vinhos e indica que o gosto de Roma estava se afastando dos vinhos espessos e doces que faziam da Campania a mais prestigiada região.
Os vinhedos próximos a Roma, que anteriormente eram desprestigiados por causa de seu vinhos ásperos e ácidos, estavam entre os preferidos de Galeno. Ele descreveu os grandes vinhos romanos, todos brancos, como fluídos, mas fortes , variando entre encorpados e leves. Parece que o vinho tinto era a bebida do dia a dia nas tavernas.
Depois de Galeno não existem registros da evolução do paladar de Roma em relação aos vinhos. Certamente havia mercado para todos os gostos nessa metrópole que nessa época era a maior cidade do mundo Mediterrâneo e já possuía mais de um milhão de habitantes! É claro que a maior demanda era para o vinho barato que geralmente vinha de fora da península. É interessante notar que, desde a época de Galeno, o vinho da Espanha e da Gália começava a chegar em Roma. Um dos efeitos da expansão dos vinhedos nas províncias é que a produção em massa em regiões da Itália que abasteciam Roma tornou-se menos lucrativa e muitos vinhedos tornaram-se passatempo de nobres.
Um problema para os produtores italianos foi a criação, por volta de 250 d.C., de um imposto que consistia em entregarem uma parte do vinho produzido ao governo (para as rações do exército e para distribuição à plebe).
Talvez para remediar esta situação, em 280 d.C. , o imperador Probus, revogou o já mencionado decreto editado (e amplamente ignorado!) por Domiciano em 92 d.C., proibindo o plantio de vinhedos. Probus inclusive colocou o exército para trabalhar no cultivo de novos vinhedos na Gália e ao longo do Danúbio. No entanto, foi inútil, pois o declínio do Império Romano já começava... 


Ufa como falamos de comida não é mesmo !! Termina por aqui a nossa postagem sobre a alimentação em Roma...

Ah !Topa um desafio? Que tal começar o seu dia ao estilo dos romanos ?Achou muito exótico o paladar deles ? 
Não se preocupe nossa receita é simples e bem gostosa... caso queira tente aí em sua casa. Acompanhe, vamos então ao nosso Jentaculum !


O nosso prato romano será:

cum melle et frixam subcinericius tempora

Calma !Não se assuste... vou traduzir: panqueca frita com mel.

Melhor não é mesmo ? Vamos a receita:



 Pegue um pouco de farinha e
adicione água.Aos poucos vá batendo a massa




até que um disco de massa fina magicamente aparece



Em uma frigideira ou panela anti aderente despeje azeite e esquente




Frite a massa na frigideira (ou panela) até dourar em ambos os lados


Regue a massa frita com algumas colheres de mel



Espalhe pedaços/fatias ou cubos de alguma fruta por cima, como por exemplo damasco ou maçã



Sirva com um copo de leite



Experimente e se sinta como um verdadeiro Pater Familae !


Até nossa próxima postagem...